sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Perdida no Altar – Parte II



Hoje vou me estender um pouquinho mais… mas continue acompanhando até o final, valerá a pena.
Antes de ser levantada a obreira, eu já havia vencido os problemas para dormir, já não me sentia deprimida e para mim, a igreja era o meu lar, o lugar onde eu me sentia mais feliz.
O tempo foi passando, conheci meu esposo, nos casamos e começamos a fazer a Obra juntos. Tudo parecia ir bem, da igreja para casa, de casa para a igreja… Não tinha tempo para mais nada… aliás o que eu mais queria, era fazer, fazer e fazer…
Tais afazeres não me permitiram ver o meu verdadeiro estado espiritual. Eu estava fazendo as coisas automaticamente, dependia da fé do meu esposo e do ambiente em que me encontrava…
Eu ainda sentia coisas estranhas na hora da oração forte e não conseguia vencer certos pensamentos (pecaminosos), pois ao invés de repreendê-los, eu os entretinha e na minha própria mente – onde apenas Deus e o diabo sabiam o que se passava – eu pecava. Eu me sentia mal depois, pois sabia que era errado, então pedia perdão a Deus e seguia em frente, da mesma forma que fazia com a maneira em que me sentia durante as orações de libertação.
Então houve um período em que se falava muito em novo nascimento, não apenas para o povo, mas também entre nós, que fazemos a Obra. Uma palavra ficou marcada dentro de mim: “Aquele que é nascido de Deus vence o mundo”. Foi meditando nessas palavras que eu disse para mim mesma: como posso ser nascida de Deus se eu não estou vencendo? Não conseguia vencer as tentações e não conseguia vencer aquilo que estava sentindo, não conseguia ser independente e o meu bem-estar dependia da influência de terceiros.
Um dia, comentando sobre as reuniões de libertação com alguns amigos e sobre a nossa luta para libertar as pessoas, eu me senti mal e por um segundo tudo se escureceu e não consegui ver nada. Foi muito rápido, eu disfarcei logo, mas dentro de mim eu me senti confusa… Isso não está certo! – pensei.
Decidi me consagrar mais a Deus e então pensei: vou louvar a Deus em línguas, pois o fazemos para a nossa própria edificação. Essa minha oração teve o efeito contrário, eu sei que não sabemos o que falamos quando louvamos a Deus em línguas mas naquele momento, é como se eu estivesse conversando abertamente em uma outra língua, eu nunca tinha proferido palavras como aquelas e o tom que eu usava era como de alguém com raiva… meu coração bateu forte e eu senti medo. “Basta! Preciso buscar ajuda agora!”
Meu testemunho e a conclusão da minha história chegam no próximo post… não percam!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário